Estou ansioso e em fuga. Querendo ficar só dormindo, sem falar com ninguém, quentinho debaixo das cobertas, eu e minhas dores musculares. Sei que é um estado passageiro, sei a causa da ansiedade e da vontade de procrastinar tudo, mas mesmo assim não consigo evitar. Sei o que devo fazer, que atitudes tomar, mas ainda assim alguma coisa me gruda no chão. Não devia nem mesmo estar escrevendo neste blog.
Só que já sou um homem maduro, ou, pelo menos, menos imaturo. Sei que tenho mais coragem que muitos da minha idade, que se refugiam em coisas próximas, familiares, em decepções graves e muita, muita frustração por não ter tido a coragem que pessoas como eu de vez em quando demonstram. Não quero me gabar, acho apenas que a coragem é uma de minhas qualidades. Essas pessoas que citei podem ter outras qualidades, por exemplo, que eu não tenho. A vida é assim.
Tenho a tendência de ver as coisas do futuro como se elas fossem sólidas. É um exercício penoso, esse negócio de ver só o presente. Requer coragem. As coisas do futuro só serão sólidas quando não houver mais futuro. Sofrer com isso é ruim. O Budismo já conhece esse caminho há quatro mil anos. Serenidade é a palavra chave.
Preciso por mais gelo no pescoço. A ansiedade me dói sempre nos ombros.
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