Porque somos uns idiotas.
Porque não reconhecemos que qualquer ato de violência é uma vergonha.
Porque, como dizia George Orwell, todos somos iguais, mas alguns são mais iguais que os outros.
Porque Deus orientou os Evangélicos, por e-mail, a continuarem a cruzada contra essa pouca vergonha (quer dizer, a pouca vergonha sexual entre homens, porque a orgia que se faz entre os homens no Congresso com o nosso dinheiro ainda é permitida).
Porque nem todos têm direitos iguais.
Porque o mundo é melhor assim: repleto de violência, fome, miséria, superpopulação, escassez de água.
Porque estamos mais preocupados com a bolsa Hermés que a Dilma comprou.
Porque estamos acostumados a ver nossa opinião desrespeitada: no orçamento participativo digital de 2008 em Belo Horizonte, o projeto que ganhou pelo voto da população foi o do Bairro Padre Eustáquio (periferia), mas a obra que será realizada mesmo é o anel viário gigante no Belvedere (classe A). Ou seja, é o trânsito de carrões importados que precisa ser desafogado, e não o de ônibus de periferia.
Porque é mais simples enfiar a cabeça na areia.
Porque os gays já sabem se defender: eles "tiram a gilete", eles "rodam a baiana", eles contam pra esposa do político com quantas mocreias ele já se deitou.
Por último: porque não existe, nunca existiu, nem vai existir amor nesse mundo.
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