ANIMA DECOLORUM EST

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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

O QUE ME CHOCA 05 - 31 DE JANEIRO DE 2016

VELOCIDADE 5 e QUADRADINHO de 8 SÃO COISAS QUE ME CHOCAM

Principalmente quando dá pra perceber que não faz parte de coreografia nenhuma.

Semana passada uma prima querida postou em rede o vídeo de um cara dançando. A postagem, de óbvio teor cômico, incitava os amigos a aprender a “coreografia” para aplicá-la no já depois-de-amanhã Carnaval brasileiro. A formação clássica estava lá, no primeiro grand-jetté, em que o joelho do camaradinha foi até atrás da orelha. Mas era só pra mostrar o quão flexível era o cara, pois o que se seguiu tinha tudo, menos coreografia.

Era assim: joelho-pra-cá, joelho-pra-lá, joelho-pra-cima e dois minutos de Velocidade 5; cotovelo-pra-lá, cotovelo-pra-cá, cabeça-pro-lado e três minutos de Velocidade 5. Coreografia “poderosíssima”, um primor de bom-gosto, expressividade e criatividade, flexibilidade e atitude!

Só que não.

Me lembro do clipe do Bonde das Maravilhas (ou Poderosas, ou Melindrosas, ou Desastrosas, um “osas” desses aí). Elas faziam uma coreografia muito parecida, só que ao invés da Velocidade 5 era o Quadradinho de 4 e o Quadradinho de 8.

A diferença é sutil: no Quadradinho de 4 você desenha um quadrado com a pélvis; no de 8, você faz um símbolo do infinito aquadradado, o 8 deitado, com os mesmo músculos. O virtuosismo dessa técnica é quando você consegue executá-la de cabeça para baixo, apoiado nas mãos. E as meninas do Bonde eram virtuosíssimas!

Só que não.

Eu achava que o fundo do poço da música popular brasileira era o disco de funk do É o Tchan, com as dançarinas apresentando o que viria a ser mais tarde a Velocidade 5. Infelizmente não era. A coisa foi só piorando.

Hoje em dia, não se pode mais falar que músicos da geração de Caetano Veloso, Chico Buarque, Djavan e Milton Nascimento são populares. Tem gente que curte funk que nunca ouviu falar deles. Vanessa da Mata, Ceumar, Rita Medeiros, a nova geração, então, nem se fala.

Trocando em miúdos: a MPB agora é funk e sertanejo-universitário. Fundo-do-Poço.


Só que não.

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