Semana de Moda de São Paulo, 2007. Desfile da Colcci, única oportunidade de ver a Bündchen em passarelas brasileiras. O canal, GNT (tv paga). Narração da ex-MTV Chris Niklas. No comentário, uma atriz da Globo, acho que a Júlia Almeida, filha do Maneco. Eis que entra em cena a Bündchen, num vestido horroroso, e caminha com a soberania que lhe é particular. Júlia comenta: "é mesmo um cavalo de raça."
Adorei o comentário. Gisele Bündchen é uma senhora égua de raça, daquelas puro-sangue, cuja soberania é nata e incontestável. E pensar que, numa premiação brasileira de modelo do ano, em 96, ela perdeu para uma cuja de quem nem lembro o nome...
Fiquei pensando. Existem outras éguas de raça por esse Brasil afora. A que me vem de imediato na cabeça é Iara de Novais, atriz e diretora. Uma égua de energia pura e irrefreável quando está em cena. Mas não foi dela que eu pensei em falar, não.
Um dos meus programas de TV favoritos é o Saia Justa, do citado GNT. Não vai aqui nenhuma segunda intenção chula, mas ali estão quatro éguas de raça. São raças distintas, é claro, e me peguei pensando em quais seriam. Senão vejamos:
Mônica Waldvogel é da raça Mangalarga. Uma mulher de compleição mansa e brejeira, capaz de longas marchas, sempre com segurança. Sabe ser firme quando necessário, e é muito carinhosa com as crias. Sua beleza sabe ser discreta, mas o brilho em seu olhar é inconfundível: ali há chamas, meus senhores. Quem conhece a raça sabe que não é égua para qualquer um.
Maitê Proença é da raça Camargue. Uma égua de puro branco e pêlos dourados. É de uma raça raríssima, de poucos espécimes, que não se reproduz com facilidade, infelizmente. É a raça dos seres míticos, como o alado Pégasus e o Unicórnio. A beleza é etérea, como se a cor branca pudesse ser selvagem.
Betty Lago é a puro-sangue árabe. Uma égua grande, corpo esguio mas altamente resistente, como os bambus. O desenho da cabeça é exótico. Nobreza e firmeza estão ali, disfarçados sob uma aura de indomabilidade. É um dos mais belos animais da Terra.
Márcia Tiburi é da raça Bretã, o cavalo dos guerreiros hunos. A selvageria se esconde sob o aspecto plácido, a fragilidade se esconde sob a forma bruta. Capaz de suportar grandes e difíceis provas, e ainda mostrar sua inteligência e força.
Eu? Eu só fico admirando.
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