Talvez este escriba já tenha lido e assistido muita história do amor que não ousava dizer o nome e, como minha memória é imodestamente excelente, guardo todas e, claro, posso citar um monte de grandes histórias contadas em grandes filmes, livros e peças de teatro. Tragédias, dramas e comédias. Tenho a desagradável sensação de que o tema se esgotou, e de que o que se vê nos cinemas é apenas mais do mesmo, alguns filmes contando novas histórias com sucesso e beleza, outros não.
Hetero em casamento tradicionalista e conservador encontra jovem cheio de vida e o contrata como ajudante, e logo passa do balcão da loja para a cama do rapaz. A sociedade pressiona, mesmo sem saber o real motivo de tal ligação, e o moço vai embora, deixando o mais velho desconsolado. O enredo é o mesmo de Outra História de Amor, filme argentino de 1986, com pequenas diferenças.
O que resta de Pecado da Carne, filme israelense de 2009, para que seja um filme belo? Resta o ineditismo da quebra de um tabu religioso pesadíssimo, a existência de gays no seio da comunidade judaica ortodoxa; a força e a coragem dos atores em cena, com sua expressividade extrema nos momentos de maior silêncio; a fotografia e a música; e o interessantíssimo apoio do Conselho Israelense de Cinema, o que vem provar que as instituições daquele país não são tão ortodoxas como eu imaginava...
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